16 de junho de 2008

Arrasta Pé

Forró
"Se um dia alguém mandou / Ser o que sou e o que gostar / Não sei quem sou e vou mudar / Ser aquilo que eu sempre quis / E se acaso você diz / Que sonha um dia em ser feliz / Vê se fala sério / Pra que chorar sua magoa? / Se afogando em agonia / Contra tempestade em copo d'água / Dance o xote da alegria--a----ra--re--re / Um dê run dê run dê"

(Xote da Alegria / Grupo Falamansa)

O nome forró deriva de forrobodó, "divertimento pagodeiro", segundo o folclorista Câmara Cascudo. Tanto o pagode (que hoje designa samba) como o forró são festas que foram transformadas em gêneros musicais. O forrobodó, "baile ordinário, sem etiqueta", também conhecido por arrasta-pé, bate-chinela ou fobó, sempre foi movido por vários tipos de música nordestina (baião, coco, rojão, quadrilha, xaxado, xote) e animado pela pé de bode e a popular sanfona de oito baixos. Com a imigração de grandes camadas da população nordestina para a região sudeste, inúmeras casas de forró foram abertas geralmente nas periferias antes de tornar-se modismo entre parte da juventude e estabelecer seus domínios nas regiões mais abastadas. No Rio, um dos mestres da matéria, o compositor maranhense João do Vale, pontificava no Forró forrado no bairro central do Catete, no final dos 70. No nordeste, as cidades de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB) disputam hoje a cada festa junina o título de capitais do forró com festejos de longa duração capitalizados como eventos turísticos que arrebanham multidões de visitantes.

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